09 julho 2009

Entrevista exclusiva com Rafaela Carrasco

Acabei de publicar no Flamenco Brasil a entrevista que fiz com a Rafaela no mês passado. Fiz em vídeo, mas preferi transcrever e publicar em texto com fotos.
Segue um trecho e o link para a íntegra.



Com apenas 20 anos, Rafaela Carrasco já tinha trabalhado com Matilde Coral e Mario Maya, era solista em Sevilha, mas queria mais. Deixou para trás o povoado onde nasceu, Tomares, localizado a 5 km de Sevilha, para tentar se encontrar em Madri. Sonhava com o tradicional Centro Flamenco Amor de Dios, mas estava em busca de si mesma, da sua identidade dentro do baile. Hoje ela vive em um pequeno povoado, a 50 km de Madri, chamado Colmenar de Orejas, com o marido e o filho de 3 anos. Como bailarina, ela se encontrou e não precisa provar isso para ninguém.

Entre os dias 11 e 17 de junho, Rafaela Carrasco esteve em São Paulo, trazida pela Triana Flamenca Produções, dando cursos a bailarinos de todo o Brasil. Entre aulas, alguns passeios pela cidade e a leitura dos livros La Importancia de las Cosas e La Casa de Los Siete Pecados, a bailaora concedeu uma entrevista exclusiva para a equipe do Flamenco Brasil.

Como é a Rafaela fora dos palcos?
É uma vida muito normal, feliz por ser mãe, pelo meu marido e minha casa no campo. Estou descansando afastada da cidade, das multidões, da rotina de viajar sempre. Estou muito tranquila no campo com meus dois patos maravilhosos (risos), minha piscina, minha horta.

Tem uma horta?

Sim! Tenho tomate, pimenta, melancia, pepino, frutas... Faço muitas geléias de frutas.

O que te levou a sair de cidade?
Sobretudo, o meu filho. Eu venho de um pueblo de Sevilha, mas morei em Madri durante 13 anos. Sofri muito pela falta de espaço, acima de tudo eu buscava espaço. Na cidade não há espaço para sair, os parques estão sempre sujos e eu não queria isso para o meu filho. Também não queria que ele estudasse em uma escola de Madri, preferia que estudasse em um pueblito pequeno e tranquilo.

Quando você chegou em Madri tinha 23 anos. Porque você decidiu sair tão cedo de Sevilha?

Para buscar o meu lugar dentro da profissão, eu queria descobrir minha identidade. Quando saí de Sevilha eu já era solista, mas ainda não tinha uma personalidade definida, uma distinção. E nessa época, o Centro Amor de Dios era o lugar sonhado por todos nós, bailaores. Então eu fui, para estudar e trabalhar.

Espetáculo ConCierto Gusto
Espetáculo ConCierto Gusto

>> Leia a entrevista na íntegra

Nenhum comentário: